Teoria sobre as gravações em Vancouver e os últimos episódios da temporada
- Steffani Soares
- 23 de jan. de 2016
- 3 min de leitura
ATENÇÃO, O TEXTO PODE CONTER SPOLERS
No primeiro episódio vemos Jaha meditando, e ALIE diz que ele está na Cidade da Luz naquele momento, mais tarde, vemos que Jaha entrega a Murphy algo que o levaria até a Cidade da Luz. Fomos informados através de informações vazadas que a Cidade da Luz é na verdade uma realidade virtual que coexiste com a realidade física.
Nas cenas que foram filmadas em Vancouver, nós vemos pessoas (Grounders) vestidas como no passado, sabemos que Lexa dirá coisas como “Volte para mim, Clarke”, “A sua mente está mudando, Clarke”, “Eu preciso de você Clarke, todos precisamos”. Sabemos também que Clarke tem convulsões enquanto está com a Lexa.
ALIE matou as pessoas para “salvar o mundo”, mas segundo Jaha ela realmente salvou, de alguma forma. Minha hipótese é que ela criou uma realidade virtual para as pessoas (algo curioso é que a cidade é chamada de “Cidade da Luz”, enquanto ALIE é uma “pessoa de luz” pois é um holograma), na qual ela pode dar a elas a ilusão de uma vida perfeita, que é o que todos que vão para lá buscam. Isso é obtido através do chip que Jaha entrega à Murphy no primeiro episódio. Isso explicaria o porquê de o Jasper estar lá, sofrendo pela morte de Maya, ele aceitaria a ideia de viver uma vida sem emoções negativas.

Clarke de alguma maneira vai parar lá, porém não da mesma forma que os outros. Podemos ver que todos estão vestidos com roupas do passado na cidade, exceto Clarke, que está com as mesmas roupas/cabelo do início da primeira temporada. Ela não se encaixa na projeção de ALIE de alguma forma, e a alucinação ou controle que ALIE exerce não é completo nela.
Além do fato de as roupas serem diferentes, ninguém parece ver que ela está lá. De acordo com os vídeos, Clarke vai até Jasper que está sentado em um banco, mas ele não a nota, então ela corre na direção de uma multidão, que também ignora a sua presença, ela parece ser invisível aos outros.
Além disso, alguns dos extras tinham tranças ou tatuagens grounder, o que pode mostrar que Clarke não vê a alucinação de forma completa. Além disso, em uma cena na qual começa a chover, todos olham para cima surpresos, como se nunca tivessem visto chuva. Isso pode ser reflexo da interferência de Clarke ali, trazendo algo da realidade para dentro a alucinação. E finalmente, Clarke pode perceber que algo está errado ali.
A interferência de Clarke na alucinação pode ser o que causa as pessoas a atacarem sob a ordem de ALIE, para que tudo volte ao normal (com a morte dela ou com a submissão dela ao controle de ALIE).
Agora, na cena em que vemos Murphy sendo espancado, vemos também o símbolo do infinito (da ALIE) na parede. Isso é importante, pois talvez a forma de escapar desse controle que a ALIE está exercendo sobre as pessoas, seja através de alguma forma de contato ou sentimento.
O fato de que Clarke pode ver e ser vista por Lexa, bem como que Lexa salva Clarke matando as pessoas que a estavam atacando, demonstra que Lexa não faz parte da alucinação, ela está lá para resgatar Clarke.
De alguma forma, Lexa parece servir como uma espécie âncora do mundo real para Clarke, enquanto ela alterna entre as duas realidades (por isso a tela verde no fundo de algumas cenas), podemos ver Lexa segurando o rosto de Clarke várias vezes, talvez para fazê-la focar naquela realidade e não retornar para a realidade da ALIE.
Na cena em que elas estão na escada, provavelmente após a cena da luta, já que Clarke está machucada, podemos ver que as duas olham para cima, e Lexa diz algo como “nós precisamos ir”. A cena gravada após isso mostra Clarke convulsionando enquanto Lexa a segura e diz “a sua mente está mudando”, “volte para mim, Clarke”, “nós precisamos de você, Clarke”.
Duas coisas são importantes ai:
A primeira é o fato de que Clarke muito provavelmente está convulsionando por causa do esforço que está fazendo para se livrar do controle de ALIE. Na cena em que Lexa e Clarke aparecem abraçadas, podemos ver que o nariz de Clarke está sangrando, como consequência disso.
E a segunda é o fato de Lexa dizer “volte para nós”. Ela ter usado “nós” em vez de “eles” indica que ela não está morta, nem é uma alucinação. Ela está na realidade, junto com outras pessoas que precisam da ajuda de Clarke para tirarem as outras pessoas daquele controle.
Algo importante de lembrar também é que quando perguntado sobre qual seria a principal arma da temporada, Aaron Ginsburg (supervisor de produção da série) disse que seria o "amor". Talvez isso indique uma forma de superar o controle que ALIE exerce sobre a mente das pessoas, já que é um sentimento que ela não pode entender, e portanto, não pode controlar.
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