Jason R. fala sobre Clarke e Lexa, o futuro de Linctavia Guerras Civis e muito mais

Jason Rothenberg contou em entrevista um pouco mais sobre o futuro de Clarke e Lexa e Lincoln e Octavia, sobre a relação entre Roan e Clarke, sobre a guerra civil que está a caminho, e muitos outros novo detalhes sobre a 3ª temporada.

Existem tantos elementos nesta série. Qual é o maior desafio para você quando você se senta para escrever uma nova temporada?

Jason Rothenberg: O maior desafio é geralmente "Qual é a história?" Estou sempre tentando, a cada temporada fazer algo totalmente diferente, e que ao mesmo tempo pareça parte da série. Então, isso é um desafio. Eu tenho um monte de ideias loucas que simplesmente não funcionam, então tentar encontrar algo que seja comum e incomum a mesmo tempo, se isso faz algum sentido, é difícil. Mas até agora eu acho que tive sorte de que esses momentos aconteceram quando eu tive uma ideia esclarecedora, sob a qual eu meio que vou construir toda a temporada. Em seguida, os escritores chegam e adicionamos todos os detalhes. Mas até agora eu tive sorte de que a história de Mount Weather na 2ª temporada, as histórias que estamos contando nesta temporada foram todas mantidas unidas do início ao fim. Eu amo a ideia de que quando eu chego no início da temporada eu digo: "É assim que a temporada vai acabar, e nós temos que chegar a esse fim, e aqui está o que o ponto alto será." Quando essas ideias duram desde o primeiro dia até o último, geralmente é porque elas são ideias muito boas.

Um dos meus aspectos favoritos dessa série é a forma como ela descreve a mistura de cultura e a assimilação de diferentes culturas. Quanta pesquisa você faz enquanto está elaborando esse tipo de história e construindo as diferentes culturas?

Rothenberg: Sim, alguma. Eu acho que a maior parte é apenas o que eu acho que é legal. A parte da construção de novos mundos é uma das melhores coisas sobre a série na minha opinião, e é uma das coisas que eu mais gosto. Então, tendo a oportunidade de criar este universo desde a linguagem até o guarda-roupa, as tatuagens, até nesse ano, nós obviamente vamos fundo no que a espiritualidade é e significa para os Grounders. Tudo isso é muito incrível. Então, sim, nós fazeemos alguma pesquisa sobre a forma como as sociedades evoluíram no passado, mas a maior parte é ficção.

Finalmente seremos apresentados à Nação do Gelo nesta temporada. O que devemos esperar deles e as suas motivações?

Rothenberg: A Nação do Gelo é militarista e atávica (*). Eles querem muito expandir. Eles não gostam de o acordo que eles fizeram para juntarem-se a coalizão de Lexa primeiramente. Eles fizeram isso por necessidade, porque Mount Weather era uma ameaça tão grande para eles como era para o resto dos clãs. Lexa tinha um perigo comum lá fora, e ela foi capaz de motivar os outros 12 clãs a superarem suas necessidades pessoais e se unirem. Nunca foi harmônico, mas pelo era menos alguma coisa. Então, em uma tarde Clarke acabou com Mount Weather e de repente esse grande perigo que estava lá fora, que manteve a Nação Gelo e o Povo das Árvores (Trikru) sem se matarem não existia mais, e a velha hostilidade começa a retornar e causar muitos problemas, porque a Rainha do Gelo (Brenda Strong) quer tudo.

(*) No contexto, atávica pode significar que a Nação do Gelo é um povo de sucessão (do poder) hereditária, na qual o poder é passado aos filhos, uma prática utilizada nas civilizações antigas e que retornou.

Eu amo como Clarke e Roan da Nação do Gelo (Zach McGowan) são dois guerreiros que foram isolados dos seus povos, mas também estão lutando pelo que é melhor para o seu povo. Como veremos ver a sua dinâmica e seu relacionamento se desenvolverem conforme a temporada progride?

Rothenberg: Por escolha, temos esses dois personagens que, por razões diferentes - Roan foi banido, Clarke colocou-se em exílio por opção - estão ambos em exílio e ambos são guerreiros que são ferozmente leais ao seu povo. Eu acho que uma das maneiras que nós veremos isso crescer, mesmo cedo como nos primeiros episódios, é a percepção disso - que eles têm muito em comum. Vemos desde o início que Roan não é o cara assustador que ele parece ser, quando ele aparece pela primeira vez no o final do primeiro episódio.

A última vez Clarke viu Lexa, Lexa a tinha traído. Quando elas se reencontrarem, como veremos elas tentarem seguir em frente com isso?

Rothenberg: Obviamente, Clarke está chateada e isso não vai mudar tão cedo. Mas eu acho que, eventualmente, ela vai perceber se ela tivesse tive uma opção semelhante, ela provavelmente teria feito a mesma coisa. Na verdade, ela percebe que ela fez. Porque a escolha de Lexa por abandonar Clarke e, essencialmente, deixar os Sky People para morrer na montanha para salvar seu próprio povo, embora pensada à curto prazo talvez, aos olhos de alguns, foi muito, muito semelhante à escolha de Clarke no final da temporada passada ao puxar a alavanca e matar todas as pessoas que os tinham ajudado ... a fim de salvar seu próprio povo. Esse foi mais ou menos o tema de toda a temporada, que era o quão longe você pode ir, e ainda ser o mocinho, para salvar o seu povo. Lexa teve essa escolha no [episódio] 15. Obviamente, isso caiu como algo muito emocional para as duas, mas especialmente para Clarke. No [episódio] 16, Clarke tinha uma escolha semelhante e espero que ao longo da primeira parte da temporada, Clarke acabe vendo isso dessa forma. Se ela não puder, eles nunca irão descobrir uma maneira de fazer as pazes.

Você acha que há alguma esperança de um reencontro romântico entre Clarke e Lexa?

Rothenberg: Eu acho que as pessoas vão ter que assistir para descobrir, mas certamente estava se desenvolvendo para isso na última temporada. Lexa, eu acho que é seguro dizer estava meio que - não vou dizer apaixonada à primeira vista pela Clarke, mas definitivamente foi um momento intenso para ela quando viu Clarke pela primeira vez. Para Clarke, isso se desenvolveu um pouco mais lentamente, mas no final eu acho que é seguro dizer que elas estavam muito intrigadas com a possibilidade de um relacionamento romântico. E então Lexa fez o que fez no episódio 15 e a abandonou. Então, isso é um grande obstáculo para se superar. Mas como eu disse, se ela puder descobrir uma maneira de relacionar isso como algo que ela poderia ter feito, então eu diria definitivamente que poderia acontecer.

Os Sky People descobrem uma nova fração de sobreviventes da Arca nesta temporada, mas introduzi-los no acampamento de Arkadia não é fácil. O que você pode me dizer sobre a luta pelo poder que se segue?

Rothenberg: Esta temporada é sobre Guerras Civis de certa forma... Como você apontou, uma nova estação está sendo integrada à população que já estava lá. Na aliança de Lexa também, os clãs estão querendo acabar uns com os outros e isso começa a ameaçar a existência de todos, tanto internamente como em todos os lugares. A esperança é que eles vão ser capazes de superar isso em ambos os lados antes de serem destruídos por isso ou destruídos por forças externas. Então, sim, eles encontram outra estação que conseguiram sobreviver ao pouso... Esse grupo teve sua própria experiência na Terra e como e acontece que experiência desse grupo é 100 vezes, se possível, pior do que os nossos heróis, os 100 delinquentes passaram na 1ª temporada. Eles aterrissaram na Nação gelo então eles têm lidado com algumas coisas muito ruins. Isso formou sua visão do mundo e isso afeta a maneira como eles olham para todos os Grounders e causa problemas enquanto eles tentam se integrar na sociedade em Arkadia, liderada por Abby (Paige Turco) e Kane (Henry Ian Cusick), quando a temporada começa, estão tentando fazer a paz com os Grounders. Eles ainda estão tentando encontrar uma maneira de conviver com seus vizinhos, cujas terras eles estão essencialmente ocupando. Assim, chega um grupo que não vê uma diferenciação entre os Grounders ou os clãs. Para eles, eles são todos maus. Então isso se torna uma área de conflito no futuro.

Lincoln (Ricky Whittle) está preso entre os Grounders os Sky People. Como veremos ele equilibrar suas lealdades e tentar manter a paz?

Rothenberg: Se esse novo grupo não tivesse chegado, poderia ter sido muito mais fácil porque Lincoln é um personagem ponte e ele é alguém que vê as coisas da maneira que Kane, Abby e Clarke veem as coisas: uma maneira de viver juntos e usar as melhores partes de ambos os grupos, conjuntos de habilidades ou tecnologias em para tornar a vida de todos melhor. Enquanto que o outro lado da moeda são as pessoas que não conseguem nem ver além do fato de que ele é um Grounder. Obviamente, ele está em um relacionamento com Octavia (Marie Avgeropoulos) e de uma forma interessante que ela vai para outro caminho. Quando mais Lincoln tenta provar que você pode se unir e trabalhar em conjunto para um objetivo comum, mais que ela quer ir embora. Esta não uma sociedade em Arkadia de pessoas que fizeram alguma coisa para ela. As regras na Arca a fizeram se esconder sob o assoalho por 16 anos sempre que alguém batia na porta da sua mãe. Então, quando ela foi descoberta, [eles] flutuaram, executaram a sua mãe e, essencialmente, a trancaram e jogaram a chave fora, e depois a mandaram para a Terra para morrer. É somente desde que ela chegou na Terra e parte da cultura Grounder que ela encontrou uma identidade e ela não quer desistir dessa identidade, o que também será difícil para ela quando um novo grupo de pessoas que olham para todos os Grounders negativamente começam a se mover para a cidade.